quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Olimpíadas de Límgua Portuguesa

As Olimpíadas de Língua Portuguesa tiveram como base um belo texto produzido por nossa querida professora de Aula de Reforço, Edinety, intitulado de "Minhas Memórias". Os alunos leram o texto e desenvolveram os seus próprios textos que foram avaliados criteriosamente para, então, receberem suas devidas colocações.

Com base nesta impressionante biografia, o aluno Alexssandro, do 8º Ano de Escolaridade, alcançou o primeiro lugar nas Olimpíadas de Língua Portuguesa. Leia o texto onde ele narra sua história:




Minha Vida e Minha História

Eu morava em numa localidade chamada Peleja.
Mais tarde, eu e minha família fomos morar em Pindobas. Com os meus 10 anos de idade, comecei a estudar numa escola que havia lá. Naquele tempo, não tinha merenda. Muitas vezes nós levávamos um alimento de casa (ovo, tomatinho, macarrão, couve, etc...) e não era todo dia não, era só quando tinha alguma coisa para levar.
Os alunos não tinha um caderno direito. Os cadernos deles eram um saco de pão bisnaga que os pais dos alunos cortavam ao meio para dividir as folhas e para deixá-las bem lisinhas, passavam o ferro de passar roupas, que era a brasa. Depois era só arranjar uma linha, costurar e ficava pronto o caderno.
Meu pai trabalhava como campeiro e minha mãe numa fazenda. Eu e os meus irmãos paramos de estudar porque tínhamos que ajudar a nossa família. Cortávamos cana e carriávamos com o carro de boi.
Naquele tempo não havia energia elétrica, a iluminação das casas era feita com lamparinas e um candeeiro - um canudo de bambú com dois bicos que era movido com um pouco de querosene ou também um pouquinho de azeite de baga, conhecido como mamona, por isso, dormíamos cedo.
Não existia televisão e nem rádia, dormíamos sem pensar no despertador. No outro dia, bem cedo, estávamos de pé para trabalharmos. No café da manhã comíamos um pedaço de broa de milho ou uma rosca - quando tinha. Às vezes, eu ia com o estômago vazio para o trabalho. De manhã fazia muito frio, e de vez em quando chovia. Todo o povo que trabalhava na lavoura saía de madrugada com chuva e descalço para trabalhar. Quando estiava, as roupas secavam no próprio corpo, depois que nós chegávamos do serviço, tomávamos um banho gostoso e íamos a um barzinho perto da praça ao lado da linda igrejinha, onde de vez em quando tinha uma festa, uma quermesse com muitas barracas, doces, jogos, etc.
Ah! Tinha também uma banda que vinha de Dores, num expresso e um carro de boi que ia na estação de Itaquira pegar os instrumentos musicais e os músicos vinham a pé. Mas nós tínhamos que ir embora cedo, por causa do trabalho no outro dia.
Porém, com todo esse sacrifício eu conseguia ajudar a minha família, pois naquele tempo não era fácil e mesmo contudo isso, sinto saudades daquela época inocente e pacata.

Agora confira o texto de Edinety e o quadro de colocações, ao final.


















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